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Não Consegui Dormir Depois de Ver Este Documentário - E Você Também Não Vai

Por Marina S., mãe de 2 filhos e criadora do movimento #TempoDeSerCriança

           Panorama completo do vídeo “Adultização”, de Felca.

Ontem à noite, depois que as crianças dormiram, me deparei com um documentário que mudou completamente minha visão sobre o que está acontecendo com nossos filhos.

O título era provocativo, mas o conteúdo… meu Deus, o conteúdo me deixou sem chão.

 

Você sabia que existem algoritmos especificamente programados para encontrar crianças expostas na internet?

Que há grupos inteiros de pessoas mal-intencionadas usando códigos como “trade” e “link na bio” para trocar conteúdo envolvendo menores?

Que isso não acontece na deep web, mas no Instagram, TikTok e YouTube… as mesmas plataformas que nossos filhos acessam todos os dias?

A cena que me quebrou por dentro 💔

Havia uma mãe no documentário que, por dinheiro, expôs sua filha de formas que… não consigo nem repetir aqui.

Mas o que mais me doeu não foi a maldade dessa mãe.

Foi perceber quantas de nós, mães “normais”, estamos fazendo algo parecido sem saber.

Postamos nossos filhos no banho, brincando sem roupa na praia, dançando músicas “inocentes”…

E não sabemos que há pessoas do outro lado da tela vendo nossos bebês com olhos que não deveriam existir.

"Mãe, por que você está chorando?"

Foi isso que minha filha de 7 anos me perguntou quando me viu assistindo.

Como explicar para uma criança que o mundo que criamos para ela não é seguro?

Que as mesmas tecnologias que uso para trabalhar e me conectar podem ser portais para pessoas que querem machucá-la?

Naquele momento, tomei uma decisão.

Não ia mais entregar meus filhos para algoritmos que eu não controlo.

Não ia mais usar o tablet como babá eletrônica.

Não ia mais fingir que “está tudo bem” enquanto eles passam 6, 7, 8 horas por dia hipnotizados por telas.

O que descobri me surpreendeu

Comecei a pesquisar alternativas reais.
Não queria ser a mãe radical que proíbe tudo, mas também não podia mais ser a mãe omissa que permite tudo.

Precisava de algo no meio termo. Algo prático. Algo que funcionasse na vida real.

Foi quando descobri que a solução não estava em mais tecnologia, mais aplicativos, mais controle parental.

A solução estava voltando ao básico.


Papel. Lápis. Presença.

Mas não de qualquer jeito. Com método. Com propósito. Com um plano que realmente funcionasse.

O experimento dos 20 minutos

Decidi testar algo simples:

20 minutos por dia, longe das telas, criando junto com meus filhos.

Não era sobre ser a mãe perfeita que faz atividades elaboradas.

Era sobre estar presente. De verdade. Olho no olho. Mão na massa.

Os resultados me chocaram:

  • Dia 3: Meu filho parou de pedir o tablet depois do jantar

  • Dia 7: Minha filha começou a me contar coisas que nunca tinha compartilhado.

  • Dia 15: Eles começaram a PEDIR para fazer as atividades comigo.

  • Dia 30: Eu tinha recuperado meus filhos.

Amor, você mudou!

Foi isso que meu marido me disse no final do primeiro mês.

“Você está mais calma. As crianças estão mais calmas. A casa está mais… em paz.”

Ele estava certo.

Porque quando você para de terceirizar a educação dos seus filhos para algoritmos, quando você volta a ser a principal influência da vida deles, tudo muda.

Você recupera o controle.

Você recupera a conexão.

Você recupera seus filhos.

O que realmente funcionou (e o que não funcionou)

❌ O que NÃO funcionou:

  • Proibir telas completamente (revolta total)

  • Atividades muito complicadas (eu desistia)

  • Não ter um plano (improvisação é receita para fracasso)

✅ O que FUNCIONOU:

  • Ritual simples de 20 minutos

  • Atividades prontas (sem precisar inventar)

  • Conversas guiadas (roteiros que realmente abrem diálogo)

  • Redução gradual das telas (sem trauma)

Durante minha busca por soluções, encontrei o trabalho da pedagoga Ana Beatriz, que introduziu  Bobbie Kids em suas aulas .

Ela havia adivinhado  exatamente o que eu estava procurando:

Um sistema simples para tirar crianças das telas e reconectar famílias.

Não era só um monte de desenhos para colorir (isso eu achava grátis na internet).

Era um método completo:

  • Ilustrações educativas que abrem conversas importantes

  • Roteiros para mães conduzirem diálogos sobre segurança, valores e emoções

  • Um ritual estruturado que realmente funciona

  • Ferramentas práticas para proteger nossos filhos online

Por que decidi compartilhar isso

Porque depois de ver aquele documentário, depois de testar esse método, depois de ver a transformação na minha família…

Eu não consigo ficar calada.

Não consigo ver outras mães passando pelo que passei: a culpa, o medo, a sensação de estar perdendo os filhos para as telas.

Especialmente agora, que sei que existe uma saída.

Uma saída simples. Prática. Que funciona.